Desmatamento no Brasil

Desmatamento 
Meio ambiente, ecologia, derrubada de matas e florestas, desmatamento da Amazônia
 e Mata Atlântica, crime ecológico, desflorestamento da floresta amazônica

foto de desmatamento
Desmatamento na Amazônia: corte ilegal de árvores

O desmatamento, também chamado de desflorestamento, nas florestas brasileiras começou no instante da chegada dos portugueses ao nosso país, no ano de 1500. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. As caravelas portuguesas partiam do litoral brasileiro carregadas de toras de pau-brasil para serem vendidas no mercado europeu. Enquanto a madeira era utilizada para a confecção de móveis e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-brasil era usada para tingir tecidos.

Desde então, o desmatamento em nosso país foi uma constante. Depois da Mata Atlântica, foi a vez da Floresta Amazônica sofrer as conseqüências da derrubada ilegal de árvores. Em busca de madeiras de lei como o mogno, por exemplo, empresas madereiras instalaram-se na região amazônica para fazer a exploração ilegal. Um relatório divulgado pela WWF ( ONG dedicada ao meio ambiente ) no ano de 2000, apontou que o desmatamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original. O caso da Mata Atlântica é ainda mais trágico, pois apenas 9% da mata sobrevive a cobertura original de 1500.

Embora os casos da Floresta amazônica e da Mata Atlântica sejam os mais problemáticos, o desmatamento ocorre nos quatro cantos do país. Além da derrubada predatória para fins econômicos, outras formas de atuação do ser humano tem provocado o desmatamento. A derrubada de matas tem ocorrido também nas chamada frentes agrícolas. Para aumentar a quantidade de áreas para a agricultura, muitos fazendeiros derrubam quilômetros de árvores para o plantio.

O crescimento das cidades também tem provocado a diminuição das áreas verdes. O crescimento populacional e o desenvolvimento das indústrias demandam áreas amplas nas cidades e arredores. Áreas enormes de matas são derrubadas para a construção de condomínios residenciais e pólos industriais. Rodovias também seguem neste sentido. Cruzando os quatro cantos do país, estes projetos rodoviários provocam a derrubada de grandes faixas de florestas. 

Outro problema sério, que provoca a destruição do verde, são as queimadas e incêndios florestais. Muitos deles ocorrem por motivos econômicos. Proibidos de queimar matas protegidas por lei, muitos fazendeiros provocam estes incêndios para ampliar as áreas para a criação de gado ou para o cultivo. Também ocorrem incêndios por pura irresponsabilidade de motoristas. Bombeiros afirmam que muitos incêndios tem como causa inicial as pontas de cigarros jogadas nas beiradas das rodovias.

Este problema não é exclusivo do nosso país. No mundo inteiro o desmatamento ocorreu e ainda está ocorrendo. Nos países em desenvolvimento, principalmente asiáticos como a China, quase toda a cobertura vegetal foi explorada. Estados Unidos e Rússia também destruíram suas florestas com o passar do tempo.

Embora todos estes problemas ambientais estejam ainda ocorrendo, verifica-se uma diminuição significativa em comparação ao passado. A consciência ambiental das pessoas está alertando para a necessidade de uma preservação ambiental. Governos de diversos países e ONGs de meio ambiente tem atuado no sentido de criar legislações mais rígidas e uma fiscalização mais atuante para combater o crime ecológico. As matas e florestas são de extrema importância para o equilíbrio ecológico do planeta Terra e para o bom funcionamento climático. Espera-se que, no início deste novo século, o homem tome consciência destes problemas e comece a perceber que antes do dinheiro está a vida de nosso planeta e o futuro das gerações futuras. Nossos filhos têm o direito de viverem num mundo melhor.

Vale lembrar:

- O desmatamento numa determinada região pode provocar o processo de desertificação (formação de desertos e regiões áridas). Este processo vem ocorrendo no sertão nordestino e no cerrado de Tocantins nas últimas décadas.

O desmatamento no Brasil

Você sabe por que as florestas tropicais são importantes para o ecossistema global?Elas ajudam a estabilizar o clima do mundo, são casas e abrigos pra diversas plantas e animais e ainda é uma fonte de remédios e alimentos.

Os causadores desses desastres são: os pasto de gado; a agricultura, onde os fazendeiros têm que desmatar uma flora para plantar e cultivar; as madeiras que são utilizadas para fazer móveis, para a construção de casas; e a construção de estradas.

Mais a principal causa do desmatamento ou a destruição das florestas é o homem.Sempre cortando, para seu uso pessoal e nunca repõem. Mais será se a humanidade continuar devastando as floras, quanto tempo ela vai demorar a acabar? Será que haverá vida daqui uns anos? Acho pouco provável se continuar sucedendo esses fatores prejudiciais. Lembrando que a fotossíntese só acontece com a ajuda das árvores, e é através das árvores que tempos o oxigênio.Então temos que para, pensar e refletir, para que aja um futuro, vidas. Faça sua parte, colabore para diminuir o desmatamento.

Desflorestação, desflorestamento ou desmatamento é o processo de desaparecimento de massas florestais, fundamentalmente causada pela atividade humana. a desflorestação é diretamente causado pela ação do homem sobre a natureza, principalmente devido à destruição de florestas para a obtenção de solo para cultivos agrícolas e pela extração da indústria madeireira.

Uma conseqüência da desflorestação é o desaparecimento de absorventes de dióxido de carbono, reduzindo-se a capacidade do meio ambiente em absorver as enormes quantidades deste causador do efeito estufa, e agravando o problema do aquecimento global.

Para tentar conter o avanço do aquecimento global diversos organismos internacionais propõem o reflorestamento, porém essa medida é apenas parcialmente aceita pelos ecologistas, pois estes acreditam que a recuperação da área desmatada não pode apenas levar em conta apenas à eliminação do gás carbônico, mas também a biodiversidade de toda a região.

O reflorestamento é, no melhor dos casos, um conjunto de árvores situadas segundo uma separação definida artificialmente, entre as quais surge uma vegetação herbácea ou arbustiva que não costuma parecer na floresta natural. No pior dos casos, se plantam árvores não nativas e que em certas ocasiões danificam o substrato, como ocorre em muitas plantações de pinheiro ou eucalipto.

A desflorestação no Brasil

Há três importantes fatores responsáveis pela desflorestação no Brasil: as madeireiras, a pecuária e o cultivo da soja. Como boa parte opera ilegalmente, principalmente na Amazônia, os estragos na floresta são cada vez maiores.

No Brasil, os estados mais atingidos pela desflorestação são Pará e Mato Grosso. Este último é o campeão em área desmatada, apesar de ter havido uma redução nos últimos anos.

A média de madeira movimentada na Amazônia - de acordo com um relatório divulgado pelo Governo Federal em agosto de 2006 - é de aproximadamente 40 milhões de m³, incluindo madeira serrada, carvão e lenha. Desse total, apenas 9 milhões de m³ vieram de manejo florestal (previamente autorizado).

Desflorestação na Amazônia

Desflorestação para extração de madeira
(foto: Wilson Dias/ABr)

A desflorestação é uma das intervenções humanas que mais prejudica a sustentabilidade ambiental na Amazônia. Na região amazônica, a desflorestação já removeu 17% da floresta original. Além disso, extensas áreas do bioma Amazônia abrigam florestas empobrecidas e degradadas por queimadas e exploração madeireira predatória.

De acordo com Barreto et al. (2005), 47% do bioma Amazônia estava sob algum tipo de pressão humana em 2002, dos quais 19% representavam pressão consolidada (desflorestação, centros urbanos e assentamentos rurais) e 28% pressão incipiente (medida pela incidência de focos de calor). Despesas com a gestão ambiental representaram apenas 0,3% (R$ 96 milhões) das despesas orçamentárias públicas dos Estados da Amazônia Legal em 2005. Em contraste, as despesas orçamentárias com meio ambiente de toda a Amazônia foram oito vezes inferiores aos gastos efetuados pelo Estado de São Paulo em 2005.

Madeira de desflorestação irregular
(foto: Wilson Dias/ABr)

A desflorestação no bioma Amazônia passou de 10%, em 1990, atingindo 17% em 2005. Entre 1990 e 2006, a área desmatada anualmente continuou elevada. Em média, a área desmatada subiu de 16 mil quilômetros quadrados, na década de 1990, para aproximadamente 20 mil quilômetros quadrados entre 2000 e 2006. A maior desflorestação registrada na Amazônia ocorreu em 1995 (29,1 mil quilômetros quadrados). Em 2004 foi registrado a segunda maior desflorestação da história da região –27,4 mil quilômetros quadrados. Em 2005, a área desmatada foi de 18,8 mil quilômetros quadrados, o que representa uma queda de mais de 30% em relação ao ano anterior. Em 2006 foi registrada uma queda ainda mais relevante na desflorestação da Amazônia (13,1 mil quilômetros quadrados). Nos últimos cinco anos, o Mato Grosso foi o campeão de desflorestação na região.

A União Democrática Ruralista patrocina um projeto de lei no Congresso Nacional, já aprovado pelo Senado, que aumenta em 150% o limite legal para desflorestação nas fazendas da Amazônia e dá anistia aos fazendeiros que já desmataram, ilegalmente, suas propriedades nos últimos sete anos [1] [2].

Monitoramento

O governo do Brasil monitora a cobertura florestal da Amazônia com imagens do satélite Landsat desde o final da década de 70. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) conduz o mapeamento das áreas desmatadas na Amazônia através do projeto Prodes (Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélite) e gera estimativas de taxa de desflorestação anual para a Amazônia. A informação sobre a taxa de desflorestação é importante para planejar ações de combate à desflorestação em escala regional. Contudo, apenas informações sobre a taxa de desflorestação são insuficientes para o monitoramento e controle da desflorestação em escala local - é também necessário saber onde a conversão florestal ocorreu e acompanhar as tendências da desflorestação. Em 2003, o Inpe passou a disponibilizar os mapas de desflorestação da Amazônia para toda a sociedade ([1]). Há, entretanto, refinamentos que precisam ser feitos nos dados fornecidos pelo Inpe. Primeiro, a escala de mapeamento de 1:250.000, não permite mapear com detalhes fragmentos de florestas e áreas desmatadas menores que 6.25 ha. Segundo, áreas de exploração madeireira e de florestas queimadas não são mapeadas. Por último, a liberação dos dados tem sido temporalmente defasada, ou seja, pelo menos depois de um ano após as áreas terem sido desmatadas. Esta defasagem também limita as ações de controle de desflorestação. Tem havido também divergências no que deve ser considerada desflorestação. No caso do Estado do Acre, por exemplo, áreas de florestas ricas em bambu já foram classificadas como áreas desmatadas o que levou a superestimar a taxa anual de desflorestação para 2003. Os problemas descritos acima têm estimulado os Estados da Amazônia a desenvolverem seus próprios programas de monitoramento florestal, como é o caso dos estados do Mato Grosso e Acre.

Impactos Ambientais

Os impactos ambientais causados pela desflorestação são diversos e dentre eles está um problema ambiental bastante preocupante que é a emissão de gases de efeito estufa e a principal causa dos impactos de atividades humanas no sistema de clima é o uso de combustíveis fósseis nos países desenvolvidos. No entanto, a desflorestação está se tornando uma fonte muito importante de emissões de gases de efeito estufa. Estima-se que a desflorestação já seja responsável por 10% a 35% das emissões globais anuais, com algumas estimativas ainda mais altas. A principal fonte global de emissões por desflorestação é proveniente das florestas tropicais.

A desflorestação tropical está ocorrendo a taxas crescentes e os países que mais desmatam são: Brasil, Indonésia, Sudão, Zâmbia, México, República Democrática de Congo e Myanmar, estes países já perderam mais de 71 milhões de hectares de florestas entre 1990 e 2000. Cada um destes países perdeu uma média anual de pelo menos 500.000 ha de florestas. O Brasil (com desflorestação anual médio de 2,3 milhões de ha) e Indonésia (com desflorestação anual médio de 1,3 milhões de ha) lideram a lista de destruição florestal naquele período.

A desflorestação tropical e a degradação das florestas são a principal causa de perda de biodiversidade no planeta e estão contribuindo para uma extinção em massa de espécies, em um índice 100 a 1.000 maior do que o que poderia ser considerado normal no tempo evolutivo. Estima-se que as mudanças climáticas, que é uma das conseqüências da desflorestação, possam afetar os ecossistemas e as espécies de diversas maneiras e, por esta razão, já são consideradas uma ameaça adicional à biodiversidade. As florestas tropicais podem ser muito suscetíveis aos efeitos das mudanças climáticas. Serviços ambientais fundamentais em ecossistemas florestais tropicais estão em risco devido às mudanças climáticas, tal como a manutenção do ciclo das águas e o balanço de carbono na atmosfera. Isto representa uma enorme ameaça adicional à biodiversidade das florestas tropicais. Alterar a dinâmica dos ecossistemas florestais tropicais pode afetar o balanço de carbono da Terra, alterar os ciclos de água e energia e, portanto, afetar o clima.

A interação entre a desflorestação e as mudanças climáticas pode levar as florestas tropicais a entrarem em um ciclo vicioso extremamente perigoso, em que, por um lado, a desflorestação representa uma fonte importante de emissões de gases de efeito estufa, e, por outro, as mudanças climáticas aumentam a vulnerabilidade das florestas tropicais aos incêndios florestais e à desflorestação, e aceleram a conversão de florestas em ecossistemas muito mais secos e mais pobres em espécies, resultando em enormes emissões ao longo do processo. Mas não são apenas o clima e a biodiversidade que são afetados pela desflorestação. Milhões de pessoas que vivem e dependem das florestas também são dramaticamente ameaçadas. A desflorestação em regiões em desenvolvimento como a Amazônia, está freqüentemente associado à violência e ameaças contra os povos indígenas e comunidades locais e tradicionais, que são expulsas de suas terras. O trabalho escravo ou degradante também está ligado normalmente à destruição de florestas em diversos países.

A desflorestação é, portanto, um enorme problema, com sérios impactos sobre o clima, a biodiversidade e as pessoas. Ações urgentes são necessárias para combater esse mal. Para ajudar a prevenir as mudanças climáticas perigosas é absolutamente necessário que se estabeleçam medidas eficientes contra a desflorestação tropical. Isto será importante não apenas para o clima do planeta, mas também para a manutenção da biodiversidade e para o sustento e a segurança de milhões de pessoas que dependem destas florestas.

Desmatamento no Brasil cai e tem baixa recorde


O governo brasileiro estima que cerca de 9.600 km2 da floresta amazônica desapareceram entre agosto de 2006 e agosto de 2007, uma área equivalente a cerca de 6,5 cidades de São Paulo. Se confirmada a estimativa, a partir de análise de imagens no ano que vem, será o menor desmatamento registrado em um ano desde o início do monitoramento, em 1988, representando uma redução de cerca 30% no índice registrado entre 2005 e 2006.

Ao todo, 14.039 km2, ou quase 9,5 cidades de São Paulo, foram desmatados neste período, índice 25,3% menor do que o registrado entre 2004 e 2005, quando sumiram 18.793 km2 de floresta amazônica.

Os dados foram divulgados ontem em evento no Ministério do Meio Ambiente. Além da ministra Marina Silva, estavam presentes a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef e os ministros da Agricultura e da Reforma Agrária, Reinhold Stephanes e Guilherme Kassel, respectivamente.

O monitoramento do desmate é feito pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que usa dois sistemas diferentes para isso: o Prodes e o Deter. O primeiro, mais confiável, usa satélites que precisam de mais tempo para captar imagens. Já o segundo faz isso de forma rápida, mas sem conseguir observar desmatamentos de pequena escala.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, esses pequenos desmatamentos representam atualmente cerca de 50% do total. Por esse motivo, o governo só terá no ano que vem o índice real de desmatamento referente ao período 2006-2007. As áreas desmatadas já identificadas pelo Deter neste ano somam 4.820 km2.

Fragmentação

As pequenas áreas devastadas são uma nova característica, segundo Marina Silva. Em 2005, os 20 municípios que mais desmataram somaram 8.300 km2. Com a queda da taxa, foi preciso a ação de 95 municípios em 2006 para atingir o mesmo índice.

Os números referentes ao período de 2005-2006, baseados no monitoramento do Prodes, mostram que só nos estados de Roraima e Amazonas o índice local de desmatamento subiu, comparado com o período anterior.

Mato Grosso, Pará e Rondônia, estados com os mais altos índices de desmatamento, apresentaram queda, mas continuam liderando a lista. Mato Grosso, entretanto --que até 2005 estava no topo do ranking- reduziu seu índice em 39,36% no ano de 2006, de 7.145 km2 para 4.333 km2. Com isso, foi ultrapassado pelo Pará, que viveu uma queda de 4,48%, de 5.763 km2 para 5.505 km2.

Rondônia, por sua vez, reduziu seu índice de desmatamento em 36,22%, de 3.233 km2 para 2.062 km2. O esforço para reduzir o desmatamento é conduzido pela Casa Civil e conta com a participação de 13 ministérios, afirma Marina Silva.

Com a redução do desmatamento entre 2004 e 2006, "o Brasil deixou de emitir 410 milhões de toneladas de CO2 [gás do efeito estufa]. Também evitou o corte de 600 milhões de árvores e a morte de 20 mil aves e 700 mil primatas", disse. "Essa emissão representa quase 15% da redução firmada pelos países desenvolvidos para o período 2008-2012, no Protocolo de Kyoto."

Para Dilma Roussef, "o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem a oportunidade de implementar um plano que protege a biodiversidade e, ao mesmo tempo, reduz muito rapidamente seu processo de aquecimento global."

Brasil e Indonésia lideram ranking de desmatamento (09/04/08)

O relatório Global Monitoring Report, realizado pelo Banco Mundial (Bird) e divulgado nesta terça-feira (8), afirma que a maior parte do desmatamento mundial vem se dando no Brasil e na Indonésia.

Um ranking publicado no relatório afirma que, entre 2000 e 2005, o Brasil teria desmatado um total de 31 mil quilômetros quadrados de sua área florestal, seguido pela Indonésia, que desmatou 18,7 mil quilômetros quadrados, e o Sudão, que derrubou 5,9 mil quilômetros de sua área florestal.

O desmatamento nos dois países com as maiores regiões de floresta no mundo vem ocorrendo, predominantemente, devido à transformação de suas áreas florestais em terras agrícolas.

Segundo o documento, o desmatamento no Brasil tem sido movido pela demanda por carne, soja e madeira.

Na Indonésia, ele tem sido estimulado pela demanda por madeira e por terras para o cultivo de palmeiras que fornecem óleo.

Nos dois países, afirma o Bird, o desmatamento tem sido causado "tanto por grandes interesses corporativos como pelo de pequenos proprietários".

Transformação - No Brasil, o relatório afirma que o índice de hectares desmatados foi de 2,7 milhões, entre 1990 e 2000, mas que ele passou para 3,1 milhões de hectares entre 2000 e 2005. Na Indonésia, ao contrário, os índices permaneceram inalterados no mesmo período.

O estudo do Bird afirma que áreas florestais do tamanho de países como Serra Leoa ou Panamá são perdidas anualmente devido a sua transformação em terras agrícolas. As regiões mais afetadas têm sido a América Latina e Caribe e a África Subsaariana.

O documento afirma que problemas de saúde causados por fatores ambientais são responsáveis por 80% das doenças, entre elas malária, diarréia e doenças respiratórias em todo mundo.

O relatório afirma que a maior parte dos países não conseguirá cumprir as chamadas Metas do Milênio até 2015.

As oito metas foram fixadas em 2000 por 191 países da ONU. As diferentes nações se comprometeram a implementar até 2015 medidas como pôr fim à fome e a miséria, fornecer educação básica e de qualidade para todos, reduzir a mortalidade infantil, combater a Aids, a malária e outras doenças e promover a qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente.

Fonte: Estadão Online

A  taxa exata na razão da qual as florestas estão atualmente sendo destruídas no mundo não são conhecidas, uma vez que não tem sido feito um censo global desde 1990. Naquela época, uma área de aproximadamente 150.000 km2 de floresta tropical, equivalente ao tamanho do estado de São Paulo, tem sido destruída a cada ano. Também uma área semelhante de florestas tem  sido destruída ou degradada anualmente. Na média, a taxa de destruição aumentou durante os últimos anos em função de desmatamento irregular e clandestino no Brasil e na Indonésia.

As florestas ao redor do mundo estão sob pressão. As florestas tropicais estão rapidamente desaparecendo principalmente devido ao corte da madeira, exploração mineral, construção de hidroelétricas e a ocupação desordenada da terra em geral.

A temperatura e o crescimento das florestas tem sido destruídas pela indústria de papel e madeira. A vida de nossos indígenas está indeterminada e todo ano milhares de espécies de animais e plantas desaparecem da face da terra.

No Brasil, a Mata Atlântica se estende desde o estado mais ao sul do país, o Rio Grande do Sul, até o estado do Ceará, na região do Nordeste brasileiro, compreendendo uma extensão de 5.000 km. Esta região costeira abrange diferentes altitudes e pode ser classificada em diferentes ecossistemas, caracterizados por uma extensa biodiversidade. Devido a forte pressão populacional exercida pelo processo de urbanização do litoral brasileiro, as florestas vêm sendo drasticamente devastadas. De um total de mais de um milhão de florestas nativas intocadas, restam, atualmente, somente 50.000 km2, espalhadas em pequenas áreas pelo país.

A destruição da Floresta provém do desmatamento das encostas dos morros, assim como o incontrolável corte de madeira, da agricultura, da produção de carvão vegetal e da ocupação imobiliária desordenada.  

Algumas áreas da floresta tropical são ricas em metais preciosos como o ouro e a prata. Grandes depósitos de alumínio, ferro, cobre e zinco também são encontrados. Uma infra-estrutura de desenvolvimento e uma afluência de mineiros nas áreas de matas não-exploradas inevitavelmente resulta em desflorestamento. A contaminação pelo mercúrio (usado na extração de ouro) é também comum.

Governos e corporações tendem colocar a culpa da destruição nas ações dos proprietários da terra e dos invasores. Mesmo assim em países como o Brasil, planos governamentais tem deliberadamente encorajado a colonização das florestas tropicais.  Observa-se que os pequenos agricultores são forçados por empresas agrícolas mais bem estruturadas à deixarem suas próprias terras e a adentrarem em áreas de florestas nativas.

Muitas coisas que nós compramos contribui para a devastação da Florestas Tropical. Madeiras nobres, tais como Mogno, Peroba e  Embuia são exemplos clássicos. Plantações de frutas tropicais são freqüentemente encontradas em áreas onde no passado havia uma floresta tropical ou de mata nativa. Algumas companhias estão ainda envolvidas em grandes projetos industriais que ajudam a destruir a Floresta Tropical.  

 

Fatos sobre o desmatamento no Brasil

Brasília, Brasil 17/04/2000 - O relatório anual  do Governo Brasileiro sobre a devastação da maior floresta do mundo mostrou que o caminhar da destruição permanece contínuo, mesmo com crescimento da fiscalização sobre as áreas de risco. As taxas de devastação entre 1998 e 1999 mostram que a situação não está piorando. A Amazônia brasileira, que sozinha é maior que o Leste europeu, perdeu 16.926 km2 de florestas no ano passado, conforme atestam as imagens de satélite.

“A tendência de crescimento na devastação tem sido controlada” diz o Ministro do Meio Ambiente José Sarney Filho.

A extensão real da destruição da floresta tropical é mostrada através de uma reportagem sobre o assunto na Revista Nature Magazine, a qual põe em dúvida o relatório oficial do governo brasileiro sobre a destruição da floresta tropical. Segundo a mesma, o tamanho dos problemas causados na floresta na Amazônia é duas vezes maior do que  as estimativas sugeridas pelo relatório, dizem os pesquisadores.

Desmatamento deixa Brasil entre maiores poluidores
07/11/2007


O Brasil continua entre os maiores emissores de dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito estufa, porque mantém taxas elevadas de desmatamento da Amazônia.  Segundo uma projeção feita pelo especialista José Goldemberg, do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo, à qual o Estado teve acesso, o País emitiu 1,141 bilhão de toneladas em 2006, das quais cerca de 855 milhões (75%) viriam de mudanças no solo - corte e queimada da floresta.  O valor mantém o País em 5º lugar (sem contar a contribuição da União Européia).

 

A secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Thelma Krug, contesta a informação e diz que o número está superestimado.  Em uma projeção feita para o Estado, ela afirma que as emissões em 2006 provenientes do desmatamento da Amazônia girariam em torno de 684 milhões de toneladas de CO2.

 

Os cálculos feitos pelos dois cientistas não são oficiais e usam como base o primeiro e único inventário brasileiro de emissões de gases do efeito estufa.  Ele foi lançado em 2004, mas apresenta um corte do passado, uma vez que usa dados registrados entre 1990 e 1994.  “Esse não é um cálculo com valor científico.  Porém, mostra que o problema continua o mesmo”, afirma Goldemberg.  “Se o desmatamento fosse zerado, o Brasil ficaria na 18ª posição.”

 

Poucas nações estão na lista dos maiores emissores globais por causa da perda de florestas.  O outro caso notável é a Indonésia, que tem derrubado a mata nativa para plantar dendê e alimentar o mercado europeu de biocombustíveis.  O maior problema dos outros países, especialmente no Hemisfério Norte, é a geração de energia com queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão.

 

Segundo informações divulgadas ontem pelo Secretariado de Mudança no Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), em Bonn, a emissão total dos 40 países mais industrializados do mundo atingiu 18,2 bilhões de toneladas em 2005, apenas meio bilhão abaixo do nível registrado em 1990.

 

Pedra no sapato

Ainda que não concorde com o valor apresentado por Goldemberg, a secretária considera que o desmatamento ainda é a principal contribuição brasileira para o agravamento do efeito estufa, e na mesma proporção observada 12 anos antes: responde por 75% do total emitido pelo País.  “A proporção é semelhante à do período 1990/1994”, diz.

 


Conforme o inventário nacional, 96% das emissões líquidas do setor de mudança no uso da terra podem ser creditadas à conversão de florestas em atividades de agricultura e pecuária.  O desmatamento é uma importante fonte de emissão porque a vegetação naturalmente armazena carbono.  O elemento é estocado em seus tecidos devido à fotossíntese, quando o CO2, o gás carbônico, é absorvido pelas plantas.  Quando são cortadas, esse carbono volta para a atmosfera.  As queimadas emitem, além de CO2, outros gases-estufa, como o metano (CH4).

 

Para Goldemberg, não existe justificativa para que a conversão da Amazônia em pasto e plantação mantenha o País entre os maiores emissores do mundo.  “Nós sabemos mais agora sobre essas questões do que há 20 anos”, afirma.

 

A secretária de Mudanças Climáticas diz que o próximo inventário nacional de emissões será divulgado em 2009, com informações coletadas entre 1995 e 2000.  Ao contrário dos países desenvolvidos, as nações em desenvolvimento não têm a obrigação de entregar relatórios anuais às Nações Unidas.

 

Além desse, Krug afirma que o ministério trabalha para entregar, na mesma época, uma estimativa das emissões entre 2001 e 2006.  “Queremos incluir a matriz da conversão da terra: o que se perdeu e seu destino, se é uma vegetação perene”, explica.  “O projeto está em andamento, com contratos já em execução.”

Fonte: Portal Amazônia /  O Estado de S.Paulo.

Desmatamento na Amazônia cai 50%

 

O desmatamento na Amazônia apresenta expressiva tendência de queda, aponta o Ministério do Meio Ambiente. O sistema de monitoramento via satélite indica redução de cerca de 50% da área desmatada nos últimos 11 meses, quando comparado ao período anterior.

Entre os meses de agosto de 2003 e julho de 2004, registrou-se 18.724 mil quilômetros quadrados de área desmatada. Já entre agosto de 2004 e junho de 2005 este número caiu para 9.106 mil quilômetros quadrados.

"É importante ressaltar que nosso esforço é combater o desmatamento, não só com ferramentas de controle, mas também com desenvolvimento sustentável", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Monitoramento

Hoje o monitoramento é feito por dois sistemas, o Prodes e o Deter. O Deter, que indicou essa redução, avalia o desmatamento a cada 11 meses. O número conclusivo, porém, é dado pelo Prodes, que abrange o período de uma ano.

"Estamos apenas mostrando que as duas formas de monitoramento indicam uma tendência de redução no desmatamento da Amazônia", afirmou Marina Silva.

Segundo ela, a redução se deve principalmente às medidas do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia.

Lançado em março de 2004, o plano tem como diretrizes a valorização da floresta, prioriza o melhor uso das áreas dematadas, o ordenamento territorial e fundiário, o planejamento da infra-estrutura e o monitoramento e controle ambiental.

Marina Silva destaca que as ações de fiscalização feitas em parceria entre os governos estaduais, a Polícia Federal, Ibama e Exército têm contribuido para melhorar o controle. O plano tem a participação de 13 ministérios

Desmatamento no Brasil preocupa

Relatório do IBGE mostra que a Mata Atlântica é um dos biomas mais ameaçados de desaparecimento no mundo - apenas 10% de sua área original permanece intocada atualmente

No Dia Mundial do Meio Ambiente, o Brasil, dono da maior biodiversidade do planeta, pode comemorar o aumento das áreas de preservação ambiental nos últimos anos.

Mas deve se preocupar quando o assunto é desmatamento. Cerca de 15% da área total da Floresta Amazônica foi devastada. E restam apenas 10% da área original da Mata Atlântica.

Os dados são parte dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2008, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo não levou em consideração os dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apontaram 700 mil quilômetros quadrados de matas da Amazônia Legal devastados.

Mesmo assim, a pesquisa do IBGE alerta para o risco de desaparecimento de formações vegetais, como as florestas do leste do Pará, oeste do Maranhão e do Mato Grosso. O desmatamento na Amazônia se dá, principalmente, para a formação de pastos e áreas agrícolas, e por causa da extração predatória de madeira. O pico do desmatamento na Amazônia ocorreu em 2004. Neste ano, 27.429 quilômetros quadrados (sendo 11.814 quilômetros quadrados só no Mato Grosso) foram destruídos.

Se o problema da Amazônia é preocupante, a situação da Mata Atlântica é ainda mais grave. A pesquisa aponta que a vegetação foi quase totalmente derrubada e substituída por áreas agrícolas, pastoris e urbanas. Hoje, restam apenas 10% de sua área original de mais de 1 milhão de quilômetros quadrados. A Mata Atlântica é um dos biomas mais ameaçados de desaparecimento no mundo.

Alguns indicadores são considerados positivos. O Brasil destina uma área de pelo menos 712.660 quilômetros quadrados para a proteção ambiental, as chamadas unidades de conservação federais. O total de unidades também cresceu: de 251, em 2003, para 299, em 2007.

Uma semana depois da divulgação de imagens de uma tribo de índios isolados na fronteira com o Peru, o estudo do IBGE mostra que, entre 1991 e 2000, a população indígena no Brasil cresceu 2,5 vezes. Setecentos mil índios vivem distribuídos em 215 tribos. Também houve aumento na regularização de terras indígenas. Entre 2003 e 2006, um total de 23.559 quilômetros quadrados foram homologados ou registrados no país.